quinta-feira, 24 de maio de 2012

Estudantes visitam o Diário do Rio Claro

Nesta quarta-feira (23), a equipe da Lanterna Informativa visitou a redação do Diário do Rio Claro devido a uma atividade pedida pelo professor Paulo Botão a respeito da influência que o jornal online exerce sobre o impresso. O grupo entrevistou a editora-chefe, Carine Corrêa, que, com muita simpatia, explicou como a redação funciona e esclareceu todas as dúvidas. 


Esse trabalho será apresentado no dia 6 de junho.


Rodrigo Alonso, Marina Cordeiro, Carine Corrêa, Karen Costa e Paola Siqueira (Foto: Caroline Solano Moreira)

Rodrigo Alonso

domingo, 20 de maio de 2012

Palestra com Celso Schröder encerra o 5º Simpósio de Jornalismo

Na noite desta quinta-feira (17), a última palestra do 5º Simpósio de Jornalismo da UNIMEP contou com a presença do presidente da Federação Nacional dos Jornalistas (FENAJ), Celso Schröder. Ele falou sobre o tema principal do evento, defendendo a ideia de que a democracia e o jornalismo andem lado a lado, mas, para haver essa junção entre os dois, a democracia deve ser cultivada dentro do jornalismo.


Celso Schroder e Paulo Botão, coordenador do curso de jornalismo da UNIMEP (Foto: Paola Siqueira)

Celso Schröder comentou sobre a liberdade de expressão que os jornalistas tem e que o jornalismo de verdade é feito por pequenos momentos do nosso cotidiano, e não de "montagens" feitas para causar impactos nas pessoas. Schröder comentou também sobre a revista Veja e afirmou que ela traiu o jornalismo profundamente. Ele também disse que o o jornalismo também precisa ser defendido assim como a democracia.

No fim da palestra, o sindicalista falou sobre o diploma e o piso salarial dos jornalistas, dizendo que até março de 2013 o diploma será valido novamente no país e que o salário aqui no estado de São Paulo será o mesmo em todas as cidades. Sendo assim, Celso Schröder deixou sua "aula" registrada no 5º Simpósio de Jornalismo da UNIMEP.


Marina Cordeiro

quinta-feira, 17 de maio de 2012

Projeto de Integração de Plataformas do Estadão é o tema da palestra de Roberto Gazzi

O diretor de desenvolvimento editorial do Grupo O Estado de São Paulo, Roberto Gazzi, fez a palestra dessa quarta-feira (16) no 5º Simpósio de Jornalismo da Unimep, onde abordou o tema “Projeto de Integração de Plataformas do Estadão”. 


Gazzi responde aos alunos sobre o futuro do jornalista (Foto: Aline Soriani)


“O trabalho jornalístico nunca foi acessado como hoje. Há uma competição pelo saber”, comentou o jornalista sobre esse meio que foi crescendo e se adaptando com as inovações tecnológicas. Ele também relata que o mercado jornalístico, no seu entender, é muito promissor, e por isso quem quer seguir esta carreira e ser um bom profissional, deve estar informado nos grandes jornais e noticiários do país. 


Apesar do tema ser a integração de plataformas, as perguntas feitas ao palestrante foram mais voltadas para  o dia a dia da profissão, e o diretor não fugiu do assunto. “Botar um jornal na rua exige um bom empenho, pois tem horas que você tem que abrir mão de alguns compromissos e ficar ligado às notícias que serão feitas para que o jornal tenha um ótimo resultado”, alertou Roberto Gazzi aos alunos, e finalizou: “Fugir dessa rotina é difícil”.


Paola Siqueira

quarta-feira, 16 de maio de 2012

Jornalistas debatem sobre o futuro do jornalismo na região

No segundo dia do 5º Simpósio de Jornalismo da UNIMEP, os espectadores tiveram a oportunidade de assistir a uma mesa-redonda composta por três renomados jornalistas, com o tema “Jornalismo Regional e Integração de Plataformas”. Carlos Chinellato (editor-chefe do Jornal de Limeira), Duílio Fabbri Júnior (gerente de jornalismo da EPTV Campinas) e Ude Valentini (editora-chefe do Jornal de Piracicaba) falaram a respeito da importância que os diferentes meios de comunicação exercem sobre o jornalismo, e puderam compartilhar as suas experiências na profissão. Apesar dos palestrantes possuírem ideias distintas, todos foram unânimes ao afirmar que é fundamental o jornalista estar disposto a novas alternativas dentro do ramo e que o jornalismo tende a crescer na região. Após a apresentação, foi aberto um espaço para perguntas.

Hoje, o Simpósio contará com a palestra de Roberto Gazzi (diretor de desenvolvimento editorial do grupo O Estado de São Paulo). O evento é público e acontece no auditório verde do Campus Taquaral (bloco 2) até quinta-feira (17), sempre às 19h30.

Carlos Chinellato, Duílio Fabbri Júnior, Ude Valentini e Wanderley Garcia, professor da UNIMEP (Foto: Paola Siqueira) 



Rodrigo Alonso

terça-feira, 15 de maio de 2012

Palestra com Matthew Shirts deu início ao 5º Simpósio de Jornalismo da UNIMEP

Foto: Paola Siqueira
Nessa segunda-feira, a Universidade Metodista de Piracicaba (UNIMEP), recebeu a presença de Matthew Shirts (Diretor de Redação da Revista National Geographic Brasil) no 5º Simpósio de Jornalismo, que acontece no auditório verde do Campus Taquaral da universidade. Matthew é um jornalista americano, que chegou ao Brasil como aluno de intercâmbio em 1976 para estudar na Universidade de São Paulo (USP), hoje, é colunista do jornal O Estado de São Paulo e faz crônicas para a revista Veja São Paulo.


Durante a palestra, Matthew abordou diversos temas relacionados à fotografia e a importância que ela tem dentro do jornalismo, contou também sobre sua experiência de vida e de como foi o surgimento da Revista National Geographic. Com muita simpatia e bom humor, falou um pouco de como foi trabalhar na revista Super Game Power e também relatou as dificuldades que a revista National Geograpic tem para atrair leitores quando o assunto é o meio ambiente.


O 5º Simpósio de Jornalismo da UNIMEP tem como convidados, para hoje às 19h30, os jornalistas Carlos Chinellato do Jornal de Limeira, Ude Valentini do Jornal de Piracicaba e Duílio Fabbri Júnior da EPTV Campinas.

Foto: Paola Siqueira


Karen Costa

quinta-feira, 3 de maio de 2012

Talvez pior que abutres

Dirigido por Billy Wilder, em 1951, o filme “A Montanha dos Sete Abutres”, que em inglês era titulado como “Ace in the hole”, em momento algum nos mostra abutres. Mas exibe entre tanto, muitas das trapaças e atitudes inescrupulosas de um jornalista sensacionalista, de forma à insultar o trabalho com a mídia na década de 50, que é presente infelizmente até nos dias de hoje. Diferente te muitos filmes que Wilder dirigiu, o longa metragem, ainda em preto e branco se assemelha em algumas partes com os tradicionais filmes do cinema western. Embora o protagonista não monte a cavalo, e não participe de duelos com pistolas ou espingardas, o filme se passa no Novo México, e o personagem principal da trama, Charles Tatum, interpretado por Kirk Douglas, é um anti-herói.    

Charles Tatum (Kirk Douglas). Cena do filme
Um tanto quanto frustrado com suas inúmeras demissões, mas muito insistente em sua forma de trabalhar, Charles Tatum, o homem de caráter questionável, vai parar em um pequeno jornal da cidade de Albuquerque, no Novo México. É claro que, entre Nova York e Albuquerque, existem muitas diferenças, não seria diferente em relação às ideologias e forma de trabalhar do pequeno jornal, que tinha logo na entrada de seu estabelecimento uma placa dizendo “Diga a verdade”, o que conflitou muito com Tatum, que vinha de um lugar onde notícia era entretenimento, e quase sempre sensacionalismo.

O desenrolar do filme se dá com Charles Tatum, e o foca do pequeno jornal, indo em busca de um evento qualquer, para uma matéria qualquer, mas que, no meio do caminho, se deparam com um fato um tanto quanto comum para aquela região. Um homem preso por um pequeno desabamento dentro de uma mina, um problema que, se não fosse por Tatum, seria facilmente resolvido. O que para muitos poderia ser apenas uma fatalidade, para os olhos dele, era uma oportunidade de sobressair em cima da notícia, criando mais notícias. Corrompendo o Xerife da cidade, e muitos outros a sua volta, Charles Tatum conseguiu mudar os planos de resgate do pobre mineiro Leo Minosa, para que demorasse cerca de 6 dias a mais, visando a garantia de escandalosas manchetes e a venda de muitos exemplares do jornal, para o qual escrevera. Alegando vasta experiência jornalística, embora nunca tenha presenciado aulas na academia, Charles Tatum que foi um vendedor de jornais se garantia dizendo que, sabia muito bem que tipo de notícia vendia, e durante a trama, faz de tudo para por sua experiência em prática. O acontecimento praticamente se torna um evento, e as notícias entretenimento, todos queriam acompanhar, se não através dos jornais, optavam por olhar com os próprios olhos. Radialistas, redatores de vários outros jornais, parque de diversão, quem pagasse para ver, poderia presenciar e se sentir parte daquilo tudo.

Analisando a seqüência dos fatos, não fica difícil encontrar os vários lados da história nada honrosa da mídia, no que diz respeito a valorizar a ética e os valores humanos, antes de pensar em vender notícias e criar tempestades em copo d’água, apenas para garantir notoriedade e grandes números de tiragem.

No entanto, o filme expõem também o lado da população, que quando passiva, de fato  pode realmente ser manipulada sem muito esforço, principalmente no que diz respeito ao sentimentalismo presente em apelativas manchetes. Mas ainda assim, “A montanha dos sete abutres” mostra que também é possível encontrar, embora em menor escala, o lado positivo, e fiel aos princípios da formação do profissional de Jornalismo, características essas que, são muito bem representadas pelo editor chefe do Jornal de Albuquerque, o Sr. Boot, que além de desvendar todo o mistério por traz dos equivocados artigos de Tatum, prefere ver seu jornal com pouca notoriedade, do que vendendo muito, porém com informações de caráter duvidoso, ou geradas através de uma farsa. 
   
Através deste filme, Billy Wilder que já foi um jornalista, pode expressar seu ponto de vista, carregado de críticas a mídia da época, que não se diferencia em quase nada com a mídia de hoje. Charles Tatum não representara apenas um tipo de jornalista, mas um tipo de ideologia, ou a ausência de. A mensagem é simples, e tão pouco tem haver com a profissão em si, vem fácil, vai fácil, tudo o que da errado, por um segundo pareceu fácil, e para Tatum não foi diferente. Leo Minosa morreu graças a vontade de Tatum em se promover, que morreu sem entender, que vender nunca será mais importante do que noticiar a verdade. 


Lucas Jacinto