Abertura do evento contou com a presença de vários artistas e universitários.
Nesta ultima
sexta-feira, dia 1 de junho, ocorreu a abertura da 20º edição do Salão de Humor
Universitário da Unimep. O evento se iniciou na Sala Vermelha, do Campus
Taquaral as 19:30h.
Camilo Riani, organizador do evento há 20 anos, convidou cinco artistas consagrados para participar da mesa, Zé Lima, Jean Galvão, Batistão, Spacca eThiago Hoisel, que juntos relembraram os trabalhos e fatos marcantes de toda a trajetória do salão, os cinco artistas também fazem parte do grupo que selecionou as obras premiadas. Todos eles tiveram algumas de suas obras exibidas no telão para todos os presentes na sala, e com muita simpatia, comentaram os trabalhos, desde técnicas até sobre o que os influenciou na realização dos mesmos. Com muita objetividade e clareza, responderam diversas perguntas feitas pelos alunos dos cursos de Jornalismo, Designe e Publicidade e Propaganda, gerando um debate que proporcionou muitos relatos e informações interessantes.
Camilo Riani, organizador do evento há 20 anos, convidou cinco artistas consagrados para participar da mesa, Zé Lima, Jean Galvão, Batistão, Spacca eThiago Hoisel, que juntos relembraram os trabalhos e fatos marcantes de toda a trajetória do salão, os cinco artistas também fazem parte do grupo que selecionou as obras premiadas. Todos eles tiveram algumas de suas obras exibidas no telão para todos os presentes na sala, e com muita simpatia, comentaram os trabalhos, desde técnicas até sobre o que os influenciou na realização dos mesmos. Com muita objetividade e clareza, responderam diversas perguntas feitas pelos alunos dos cursos de Jornalismo, Designe e Publicidade e Propaganda, gerando um debate que proporcionou muitos relatos e informações interessantes.
Jean Galvão
afirmou que o chargista depende muito da informação que o veículo leva ao
público, e completando, Spacca disse que não é possível realizar trabalhos
sobre fatos futuros, assim como o jornal também não pode divulgar informações
incertas, afirmou também que uma das coisas que o fez optar por fazer reescrita
de livros com ilustrações, foi o fato de que os cartuns, charges e ilustrações
que costumamos ver em jornais e revistas tendem a envelhecer, e talvez perder o
sentido, apesar de marcar época. Entre uma pergunta e outra, surgiu também o
assunto que relaciona a arte gráfica com a tecnologia e a internet, e qual era
a nova percepção dos ilustradores que se consagraram em jornais impressos de
grande circulação, e a conclusão por parte Thiago Hoisel, o mais jovem artista
que compunha a mesa, foi unânime. Thiago afirmou que, por ter iniciado sua
carreira no momento em que a internet começara a fazer parte do cotidiano das
pessoas, ele não sentiu muito o impacto desta mudança, mas que para qualquer
artista ou profissional que trabalhe com comunicação visual, é importantíssimo
priorizar o conhecimento em diversas áreas, como animação, cinema, e buscar
aprender um pouco sobre os vários programas de computação gráfica, pois a forma
de vender os trabalhos de arte gráfica mudaram muito com o avanço da internet, a
concorrência é muito maior.
Para
finalizar o debate na Sala Vermelha, Camilo Riani finalmente pronunciou os
nomes dos premiados. Nas premiações temáticas Meio Ambiente e Faculdade de
Comunicação, foram premiados respectivamente Bruno Ortiz da Universidade
Federal do Rio Grande do Sul, e Bruno Lanza, da Universidade Federal de Minas
Gerais. Os premiados como Destaques do Salão foram Fabrício Garcia da
Universidade Federal de Santa Catarina, Roberto J. Costa da Universidade
Federal do Piauí e Marcelo Miller da Unip.
Instantes
depois das premiações, todos se reuniram no Átrio do Centro Cultural e de
Convivência, onde se encontravam todas as obras e o coquetel de abertura.
Estavam presentes inclusive todos os artistas que compunham o júri de seleção
dos 100 melhores trabalhos, e os artistas que compunham o júri de premiação.
Com tanta
simpatia, e muito bom humor, ficava difícil diferenciar os artistas dos alunos
que contemplavam as obras expostas, juntos, sem diferenciações.
Aproveitando a chance, pude fazer perguntas
diretas ao Ilustrador Baptistão. Questionado sobre as novas formas de trabalhar
com arte gráfica, graças as novas possibilidades que a tecnologia tem
proporcionado, ele disse que a forma tradicional, de papel, lápis e caneta
nunca irá desaparecer, porque a arte feita a mão é a raiz de tudo, e é
impossível aprender a desenhar no computador. "Qualquer criança de 4, ou 5 anos
pode começar a demonstrar talento para desenho, mas ela aprende na escolinha com lápis de cor e papel”, disse Baptistão. Respondeu também, sobre as chances de
materiais como “Revista Bundas” e
“Pasquim” voltarem a ser produzidos, ou sobre a chance de surgir novos
trabalhos independentes de partidarismo ou interesse comercial, com segmento de
crítica social e política, “Acho muito difícil esse tipo de trabalho voltar a
ser realizado, porque na época em que eles circulavam, as charges, os textos,
as caricaturas divulgadas nestes materiais, eram todas como uma válvula de
escape para os artistas, e para a sociedade, eles mostravam nestes materiais os
conteúdos que não podiam publicar nas jornais e revistas em que trabalhavam na
época, por conta da censura e forte repressão por parte dos políticos ”. Baptistão
também comentou que, os concursos de desenho são uma boa forma do artista
gráfico por seu trabalho em dia, e inovar cada vez mais, podendo marcar seu
nome na historia da arte atual, e no caso de receber premiações, poder ter um
release melhor para vender seu trabalho, pois segundo ele, concorrência é muito
grande, e poucos artistas se firmam como ilustradores fixos nos veículos,
devido a existência de muitos profissionais que trabalham como freelancer.
Foto: Giovana Angelo - 3º Semestre de Fotografia ( Unimep) |
A exposição
dos desenhos vencedores e selecionados do 20º Salão de Humor Universitário da
Unimep, que é gratuita, estará montada até o início do mês de agosto, e aberta
para o todo o público, alunos e não alunos.
Lucas Jacinto
Lucas Jacinto